Os dias consomem-me as pálpebras
E ao fim de tantos sóis
Não sei se há beleza
Na minha loucura
Ou apenas tristeza.
Quando estou só
Lanço um grito maduro
Sobre o meu coração azul
E as ondas seguem esse clamor
Que desafia o mar e a morte
E repetem o grito da ausência
De quem foi castrado
Para ser amado.
HENRIQUE DÓRIA