blog filosófico, cultural e político
Domingo, 2 de Janeiro de 2005
NATAL
«Quando eu passo pelos lugares conhecidos onde o Natal se abre em festa, e vejo os pobres todos, pobres de todo o ano, inumanos, inábeis na sua condição, penso que o menino devia vir para a rua chamar e interceder com o seu encanto magnífico, radiante como um gládio sobre o coração das pessoas. E acobardavam-se as almas perante essa beleza imprópria e excessiva que desejariam defender e amar; e deixavam o seu dinehiro vencidos e ofuscados para o orror da vida, seus aleijões e martírios. Como se a um Deus inquietante entregassem pensamento e tudo o que nele gera valores e qualidades.»
AGUSTINA BESSA LUÍS - Alegria do Mundo