Há factos que são inquestionáveis: apesar das aldrabices e da corrupção do governo grego da Nova Democracia, as coisas começaram o correr mal sobretudo quando o governo de Papandreou tentou atrasar o pagamento dos seis submarinos que a corrupção dos alemães fez com que os gregos comprassem, e dos caças que o governo francês também impingiu à Grécia através da corrupção. E, em Portugal, com a pressão para que Sócrates pagasse de imediato os submarinos que a corrupção, durante o governo PSD/CDS, levou o país a comprar aos alemães. Isto é, exigia-se que Portugal pagasse sem que as famosas contrapartidas estivessem a ser MINIMAMENTE, cumpridas.
Portugal e a Grécia, que poderiam invocar o não cumprimento dos contratos por parte dos alemães para recusarem o pagamento imediato dos submarinos, aceitaram ser encostados à parede e pedir dinheiro aos alemães para pagarem as dívidas resultantes da corrupção que os alemães tinham levado a cabo em ambos os países. Dinheiro que os bancos alemães pediram ao Banco Central Europeu, que lho emprestou a 1%, e que, por sua vez, eles emprestaram a Portugal a 5,5%.
Já tinham ganho milhões com a corrupção dos negócios de submarinos na Grécia e em Portugal, e passaram a ganhar ainda mais com os empréstimos leoninos que impuseram a Portugal e à Grécia.
Entretanto, Passos Coelho dá o seu ar de honesto a dizer que morde a língua para pagar as dívidas da corrupção.
É pena que não faça o mesmo para pagar aos funcionários públicos o seu trabalho honesto, e aos reformados a reforma a que têm direito por quarenta anos de descontos.