blog filosófico, cultural e político
Quarta-feira, 31 de Março de 2004
VENTO DO ORIENTE, VENTO DO OCIDENTE
VENTO DO ORIENTE, VENTO DO OCIDENTE
As relações entre o Oriente e o Ocidente têm-se caracterizado por movimentos sucessivos de fluxo e refluxo de uma parte e de outra.
A primeira tentativa de dominação foi levada a cabo pelos persas comandados por Xerxes, sobre os gregos, à frente dos quais se colocou Leónidas, rei de Esparta. O combate notável deu-se na estreita passagem das Termópilas, onde trezentos espartanos enfrentaram um exército de cerca de uma centena de milhar de persas. Foram todos mortos, incluindo Leónidas, mas o seu sacrificio permitiu a reorganização das tropas gregas, que, pouco depois, comandadas por Temístocles, no combate naval de Salamina, destruiriam a esquadra persa, e obrigariam Xerxes a uma retirada humilhante, salvando assim o Ocidente de ser dominado pelo Oriente, e permitindo a criação da civilização ocidental sobre os alicerces da civilização grega, e da romana que lhe sucederia.
Fossem os gregos esmagados nas Termópilas e em Salamina pelo poderosíssimo exército persa, e o mundo ocidental não seria o que é.
Depois desta tentativa de conquista do Ocidente pelo Oriente, foi a vez de o Ocidente levar a cabo a conquista do Oriente através de Alexandre, O Grande, rei da Macedónia. Alexandre levou os seus exércitos até ao rio Indo, e dominou toda as terras entre a Macedónia e a actual Índia, incluindo o actual Afeganistão. Depois da sua morte, o império que construíra estilhaçou-se, passando-se um período em que Oriente e Ocidente se influenciariam reciprocamente.
Mais tarde, o Império Romano haveria de conseguir submeter grande parte do Oriente, estendendo as suas fronteiras até ao rio Eufrates, no actual Iraque.
Após o declínio e queda do Império Romano, foi a vez do Oriente, através dos Árabes, dominarem o Ocidente. Essa dominação foi travada em Poitiers por Carlos Martel, mas haveria de permanecer na Península Ibérica durante vários séculos. Parecia que, após a tomada de Comnstantinoçla pelos turcos, em 1453, o Oriente subjugaria o Ocidente, mas tal não haveria de acontecer, já que os turcos foram derrotados às portas de Viena, que nunca consegiuiram conquistar. A batalha decisiva pela supremacia deu-se em 1571, em Lepanto, na Grécia, onde a esquadra turca foi aniquilada pela esquadra espanhola e dos seus aliados.
Desde então os ventos sopraram a favor do Ocidente, atingindo o domínío ocidental o seu cume no final do século XIX, em que praticamente todo o mundo, até à China, era dominado pelos ocidentais, liderados pela Inglaterra.
Mas, após o final do século XIX, tem declinado o domínio do Ocidente sobre o Oriente. Foi a era do Meiji, no Japão, foi a Rública Chinesa de Sun Yet Sen, foi a independência da Índia, e, mais tarde, da Indochina. O refluxo do domínio do Ocidente sobre o Oriente não tem parado, e a actual invasão do Afeganistão e do Iraque pelo Império Americano não é mais que um episódio nesse refluxo.
Começam agora a chegar notícias sobre uma aliança económica entre a China e o Japão. Com o peso geográfico e populacional que o eixo Pequim-Tóquio tem no mundo, um novo vento, não de carácter militar, mas de carácter económico, mais consentâneo com o tempo presente, passará a soprar do Oriente para o Ocidente.
É um novo fluxo do Oriente que se anuncia. Infelizmente o Ocidente, incluindo a América, não tem dirigentes à altura de enfrentarem este novo vento vindo do Oriente. Esperemos que o mundo ocidental faça surgir uma nova classe dirigente capaz de enfrentar o futuro com a inteligência que os novos tempos exigem.


publicado por henrique doria às 01:01
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Domingo, 28 de Março de 2004
A Mentira como Arte Política
A MENTIRA COMO ARTE POLÍTICA

Há uma geração de políticos, dos quais Bush é o mais poderoso exemplar, que usa a mentira e o cinismo como modo de alcançar e manter o poder.
O caso das armas de destruição maciça é exemplar: as fotografias que Colin Powell mostrou na ONU de uma “instalação nuclear” do Iraque não passavam de um barracão de recolha de veículos, e os “veículos de descontaminação” eram, afinal, carros de bombeiros. Mas tudo isso serviu para justificar a invasão do Iraque.
A um nível inferior, a classe política nacional actualmente no poder usa exactamente os mesmos padrões de mentira e de cinismo.
Vejamos a questão do deficit. Quando o PS estava no poder, com um deficit de 4% mas sem a venda do património público, esse deficit demonstrava que o país estava de tanga.
Sabemos que o deficit real em 2003 foi de 5% do PIB. Mas com a venda ao desbarato do património público conseguiu-se dizer ao país que o deficit estva nos 2,8%. Se nos tempos do governo Guterres fosse vendido assim o património do país, seria para Durão e Portas vender Portugal a retalho à mais escura banca internacional. Como são eles que o vendem, trata-se de uma medida patriótica.
Depois a choradeira dos pobrezinhos. Para Durão e Portas, pensões inferiores ao salário mínimo nacional eram uma prova do mau governo e da insensibilidade socialista aos mais pobres. Poderiam as pensões mais baixas subir o triplo da taxa de inflação durante os governos socialistas. Mas esse esforço era sempre ridículo para Durão e Portas.
Agora que ambos estão no poder já se esqueceram das pensões inferiores ao salário mínimo nacional. E mesmo as pensões mais baixas subiram em taxa inferior à da subida da generalidade dos preços. Para Durão e Portas já não se trata de injustiça social, mas apenas de rigor económico.
No tempo dos governos PS a torto e a direito vinha a história dos “jobs” para os “boys”. Agora o que se verifica é a mais escandalosa ocupação do poder por incompetentes do PSD e do PP, com ordenados chorudos em todos os lugares. Das empresas com administrações nomeadas pelo Estado, das quais todos os socialistas foram literalmente varridos, até aos lugares que deveriam ser de carreira na administração central e local, mas que o governo da dupla Durão e Portas transformou em lugares políticos, acabando com os concursos públicos instituídos pelo PS, e passando a escolha dos lugares a ser da competência dos governantes e dos aparelhos partidários do PSD e do PP. Exactamente os mesmos que durante os governos socialistas gritavam por concursos públicos.
Os exemplos poderiam continuar até à exaustão. Mas todos eles mostram o profundo cinismo, e a prática da mentira como modo de estar na vida política, que deveria ser nobre, pelos actuais dirigentes do PSD e do PP.
V.S. Naipul, Prémio Nobel da Literatura em 2001, sintetisou numa frase esta arte da política que a direita mundial actualmente pratica mais do que nunca:
“Eles queriam ouro e escravos...;porém, ao mesmo tempo, queriam estátuas erigidas em sua honra, porque, diziam, tinham feito muitas coisas a favor dos escravos."
Infelizmente, a oposição nem sempre combate a mentira e o cinismo com coragem, frontalidade e verdade. E é isso que permite que Durão e Portas permaneçam no poder, e se tudo continuar assim, e especialmente se perderem as eleições europeias, nele continuem após as próximas legislativas.


publicado por henrique doria às 16:54
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Eleições na Guiné
Uma país que tem tudo para ser uma terra de gente feliz. E, no entanto, os guineenses têm sofrido como poucos povos em África. Compreendemos, finalmente, que muitos dos que lutaram pela libertação não lutaram só pela libertação, mas pelos seus próprios interesses. E, por isso, a Guiné chegou ao que chegou.
Escreveu V. S. Naipul num dos mais profundos e dolorosos livros sobre África ( A Curva do Rio):
" Se não os pomos a pensar, se não lhes damos ideias a sério em vez de política e princípios, estes jovens acabarão por criar conflitos durante os próximos cinquenta anos."
O colonialismo impediu a juventude africana de pensar, permitindo-lhe apenas política e princípios. A premonição de V.S. Naipul concretizou-se tragicamente.
Concretizar-se-á nestas eleições o fim dos conflitos cinquenta anos depois do início da guerra colonial?
A África é um continente de grande sofrimento. Talvez por isso também de grande esperança.


publicado por henrique doria às 16:16
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Hoplita grego atacando persa
greekvspersian.jpg


publicado por henrique doria às 16:00
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LEÓNIDAS NA TV

LEÓNIDAS NA TV

Que significa morrer
Sobre o escudo da glória?
O braço da criança
É tão forte
Como a asa-da-vitória
A noite iguala
A espada do herói
E a rosa do tímido
Na mesma pira
Ardem
O ferro e a aérea carne
O nada contém o tudo
E a sardinha enterrada
Na coxa do entrudo.

Do livro MAR DE BRONZE-Xerazade Editora


publicado por henrique doria às 02:28
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Paraíso Perdido
PARAÍSO PERDIDO

Eu sabia que, à noite, me esperariam as palmadas e o cinto por chegar a casa já com as estrelas cadentes - há quantos anos não vejo estrelas cadentes neste céu sem fundo da cidade ! - e as calças rotas. Mas o meu pai podia cortar-me em dois que uma das partes iria sempre nadar na Preza da Ribeira e outra subir aos pinheiros para ver as bolas de penugem dos pequenos milhafres.
O nome de Natalino era, no meu companheiro de vagabundagem, um absurdo porque me arrastava para o risco permanente da morte. O meu pai sabia-o - um primo tinha já morrido por cair do alto de um pinheiro. Mas, com cinco e seis anos de idade, eu desconhecia então o que era a morte, e o único medo que sentia era do Tigo, o cão do Tio Fernando que, silenciosamente e com a velocidade de um raio, me queria levar um pedaço da perna.
Por isso, em vez de me cortar em dois, o meu pai decidiu meter-me num colégio interno.
Foi assim que deixei a Preza da Ribeira e comecei a embrenhar-me nos afluentes do Douro; deixei de subir aos velhos pinheiros onde os pica-paus faziam ninho para passar a conhecer onde começava e terminava o ramal de Cetil; e deixei para sempre de olhar os pequenos milhafres para ficar a saber que faziam parte de Portugal os encraves de Dadrá e Nagar-Aveli, na Índia, e Ocussi-Ambeno em Timor.
Da minha aldeia onde eu era imperador e os campos o meu império passei para o colégio onde era apenas o número vinte e um na turma, e o vinte e quatro na camarata.
E perdi, perdi para sempre, o Natalino. Passei a não lhe falar - e ele retribuia a minha distância. Quando entrei para o colégio outros amigos surgiram com nomes diferentes, com sons mais atraentes, mais altos: Orlando, Ricardo, Lauro.
Do redil do colégio de província mudei depois para o labirinto da cidade, e do liceu para a universidade. Tirei um curso onde a sabedoria da terra parece ter-se perdido na floresta do saber do homem, isto é, do nada.
O Natalino permaneceu na aldeia. Foi crescendo, namorou, casou, teve filhos, mas foi vivendo sempre entre o canto das águas dos ribeiros e as lágrimas dos pinheiros que, em vez de subir, passou a resinar. Afinal ganhava a vida retirando o sangue da terra.
Eu via-o apenas nos dias de Páscoa em que percorria as casas mais íntimas da aldeia. Mas não tinha coragem para lhe falar. Traíra-o. Deixara de partilhar com ele a água, a terra e o céu. E a certeza da minha traição impedia-me de lhe falar.
Houve uma Páscoa, porém, em que não o vi. Perguntei ao Carlos o que lhe sucedera. Disse-me que o Natalino tinha enlouquecido. Vivia bem do negócio da resina mas, de repente, esse mundo a que eu pertencia agora entrou-lhe pela casa dentro para o destruir. A resina que tinha comprado aos lavradores no ano anterior tinha baixado de preço para menos de um quinto. Como sempre sucedia, ele pagara-a adiantadamente, pagara também ao pessoal para desencarrascar os pinheiros, colocar as bicas e os vasos. Comprara também bicas, vasos e ácido para vários anos. E, agora, o novo preço da resina não dava sequer para pagar a pessoal que a recolhesse. Endividado em alguns milhares de contos, sem poder praticar a única profissão que até ali conhecera e que fora também a de seu pai, o Natalino enlouqueceu porque começara a entrar no país a resina vinda da distante China.
Nesse domingo, a meio da tarde, a celebração da Páscoa para mim acabou. Sentia-me culpado. Culpado por ter abandonado o Natalino no mundo que ele comigo partilhara, culpado por ter entrado nesse outro mundo de que fazia parte a China, ou outro país mais pobre e mais distante ainda que o tinha destruído.
Queria falar-lhe, dizer-lhe que ele continua, continuará a fazer parte do que de melhor há em mim, do meu paraíso perdido. Mas não posso, porque deixei já de poder falar com a minha infância.


publicado por henrique doria às 00:58
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Quinta-feira, 25 de Março de 2004
A AMADA
Ela é uma frágil gazela:
Olhares de narciso
Acenos de açucena
Sorriso de margarida.

E se seus brincos se agitam
Quedam-se os bracelestes na escuta
Da música do requebro da cintura.

IBN`AMMAR, nascido em Estombar, amigo dilecto de Al-Mu`tamid


publicado por henrique doria às 12:14
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Guerra Vil e Obscena
Guerra vil e obscena
E que inspira a cantilena
De quem se morre de pena:
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Guerra vil e obscena<sp>
E que inspira a cantilena<sp>
De quem se morre de pena:<sp>
<Eu assim não estou bem,<sp>
Me sinto desesperar,<sp>
Que farei? Vem minha mãe,<sp>
Que não páro de chorar.><sp>

AL-MU´TAMID, rei de Sevilha, nascido em Beja em 1040


publicado por henrique doria às 12:00
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Quarta-feira, 24 de Março de 2004
NEGOCIAR COM O INIMIGO
O terrorismo é um crime cobarde e repugnante. Cobarde porque se esconde, porque é traiçoeiro e sem regras. Repugnante porque, frequentemente, as suas vítimas são os menos culpados dos conflitos que o terrorismo pressupõe, frequentemente crianças e idosos, os mais frágeis elos da sociedade.

Porém o terrorismo não vem apenas de grupos secretos do género da ETA ou Al-Quaeda, mas é também promovido pelos estados, à frente dos quais estão Israel e os Estados Unidos da América.

O caso de Israel é um caso particular em que o terrorismo contra um Estado, após a tomada de poder pelos terroristas, se transformou em terrorismo de Estado: Menahem Begin, um perigoso terrorista contra o domínio inglês na Palestina, que colocou bombas em hotéis, que matou centenas de inocentes, assumiu o poder como Primeiro-Ministro de Israel, e aí continuou o seu terrorismo contra os palestinianos, matando cegamente milhares de inocentes nos campos de refugiados da Palestina e do Líbano.

Claro que para ele e os seus sequazes, incluindo o seu herdeiro, o criminoso de guerra e actual Primeiro-Ministro de Israel Ariel Sharon, o seu terrorismo, quer quando era contra o Estado, quer quando era de Estado, era sempre legítimo, sendo obviamente ilegítimo o terrorismo palestiniano.

Quando Begin era um terrorista que pretendia ocupar o poder de Estado, construindo o Estado de Israel, para ele e os seus sequazes haveria todas as razões para que o poder dialogasse com ele e com o seu grupo de terroristas.

Agora que os herdeiros estão no poder, para eles e os que os apoiam não pode haver diálogo com os terroristas que, na realidade, são apenas aqueles que ainda não conquistaram o poder, porque com os terroristas detentors do poder, todo o diálogo é possível e legítimo. É isto que dizem todos os senhores do poder, desde Sharon, a Bush, a Blair e Durão Barroso.

O caso de Blair é interessante: a sua memória deve ser curtíssima, porque ainda recentemente negociou, com sucesso, com os terroristas do IRA.
E negociou bem, porque compreendeu uma questão essencial que agora parece recusar-se a compreender: o terrorismo do IRA tinha uma causa, e para se acabar com o terrorismo tinha de se acabar com a sua causa.

É assim com o terrorismo palestiniano e da Al-Quaeda ( e com o terrorismo da ETA). Estes terrorismos têm uma causa. E enquanto não houver solução para essa causa o terrorismo persistirá. Blair compreendeu isso quanto ao IRA. Se ele e os seus amigos o não comprenderem quanto ao terrorismo palestiniano ou da Al-Quaeda, o que estão a fazer é prolongar a carnificina.

Quanto ao caso palestiniano ele é dramático, porque mesmo sendo frontalmente contra ele, compreendemos o desespero dos que se viram expulsos das suas terras, os seus bens roubados, os seus familiares mortos pelo terrorismo israelita nas duas formas de que se revestiu historicamente.

O caso da Al-Quaeda resulta das humilhações sucessivamente sofridas pelo mundo muçulmano, pelo menos depois que a esquadra conjunta de espanhóis, portugueses, venezianos, genovezes e outros comandados por D. João de Áustria massacrou a esquadra turca em Lepanto ( na Grécia) no ano de 1571. Daí para a frente assistiu-se a um verdadeiro espezinhar da cultura e da civilização muçulmanas, de que um dos exemplos é o horrível pavilhão de Carlos V, agressivamente triunfante no meio desse tesouro da arte e da civilização que é o Alhambra, de Granada.

É óbvio que a persistência secular da humilhação leva a um radicalismo no campo dos humilhados, e ao terrorismo que nenhum poder de estado poderá aniquilar, porque para cada terrorista que se sacrifica haverá sempre mais cem dispostos a sacrificarem-se.
Quem não compreender isto nunca compreenderá o essencial.

Por isso nos curvamos perante a sabedoria e a coragem de Mário Soares ao propor o diálogo com o terrorismo palestiniano e muçulmano em geral. Fê-lo para bem da humanidade, para que não continue o massacre de inocentes e não inocentes.
Quem não compreender nunca compreenderá o essencial.


publicado por henrique doria às 23:53
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Terça-feira, 23 de Março de 2004
Pacheco Pereira e a fome
É revelador o modo como Pacheco Pereira reagiu à notícia de que 200 mil pessoas passavam fome em Portugal: deram um soco no estômago de Pacheco Pereira.
Como aceitar que sob um governo de que Pacheco Pereira é responsável haja tantas pessoas a passar fome? Pacheco Pereira percebeu que estava em causa a sua própria personalidade e reagiu mal.

Para ele não passa tudo de uma monstruosa manipulação da imprensa, certamente de uma cabala contra este governo.

Fome neste país é mentira que exista, porque põe em causa a má consciência de quem se passou da extrema esquerda para o liberalismo de direita, continuando a usar um discurso de defesa dos socialmente mais frágeis.

Isto é: Pacheco Pereira não gostou que se lhe dissesse que o rei vai nu, ou, por outras palavras, que ele, Pacheco Pereira, não passa de um cínico.


publicado por henrique doria às 01:34
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