Não perceber que, ao mesmo tempo que anunciava a morte de Deus e o fim do Humanismo, o Deus que não morreu, voltaria a reocupar o centro, aí colocado pelos homens. Porque os homens têm horror ao vazio, e Deus não morre por simples anúncio. E, do centro, voltaria a comandar a vida e a morte, como nos diz o livro de JOB:
...
"Onde estavas quando lancei os fundamentos da terra?"
...
"Abriram-se-te, porventura, as portas da morte?"
...
Porque se o Homem é nada perante Deus, estão justificados todos os crimes que em nome de Deus os homens cometam, está justificada a própria morte.
É essa a essência do Cristianismo: a morte como justificação e glorificação de Deus.
O Cristo da crucificação é o cordeiro do sacrifício. E a morte encontra em Deus a sua razão e o seu mistério.