Passeio no campo pelo esplendor de Maio.
O esperma das árvores torna-se aéreo, dança no vento para que o céu cumpra as suas núpcias com a terra. No esperma voam as árvores, por um momento libertas das suas raízes.
Serei sempre assim, um sopro de árvore em cada primavera, cumprindo no ar o meu destino de árvore, pois cada camponês é uma árvore triste. As suas raízes estão em toda a terra. Delas não poderá nunca libertar-se e, companheiro das aves, não terá no céu a sua sepultura. No fim, só poderá viajar para um lugarzito, escurito, desertito, onde não mais poderá voar.